O crescimento acelerado dos crimes virtuais no Brasil tem revelado uma tendência preocupante: empresas de médio porte estão entre os principais alvos de golpistas digitais. O advogado Jonatas Lucena, especialista em direito digital, destaca que esse perfil empresarial costuma contar com sistemas de segurança mais frágeis do que grandes corporações, ao mesmo tempo em que movimenta dados e recursos financeiros suficientes para atrair a atenção de criminosos.
Seja por meio de ataques de ransomware, engenharia social, falsificação de e-mails corporativos ou invasão de sistemas internos, os prejuízos financeiros e de reputação enfrentados por essas empresas são crescentes. Muitas vezes, os empresários só percebem a gravidade do problema quando dados sigilosos já foram expostos, clientes foram lesados ou os sistemas da empresa estão completamente comprometidos.
Como os golpes mais comuns atingem empresas de médio porte
Entre os ataques mais frequentes estão os chamados golpes de “phishing empresarial”, nos quais o criminoso se passa por um fornecedor ou colaborador para induzir o pagamento de boletos falsos, transferência de valores ou fornecimento de credenciais de acesso. Também é comum o uso de malwares inseridos por links em e-mails supostamente legítimos, que permitem o sequestro de dados internos com posterior pedido de resgate.
Outro tipo de golpe frequente é a fraude em nome da empresa. Criminosos criam perfis falsos se passando por departamentos de recursos humanos para ofertar vagas inexistentes, capturar dados de terceiros e até aplicar golpes financeiros em nome da marca.
O advogado Jonatas Lucena alerta que, mesmo quando a empresa não é a autora do golpe, sua imagem é afetada. Isso pode gerar perda de credibilidade, ações judiciais de clientes ou ex-funcionários e a obrigação de reparar danos por omissão na proteção de dados.
A responsabilidade jurídica das empresas e seus direitos
A legislação brasileira, por meio da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), estabelece que empresas devem adotar medidas técnicas e organizacionais para garantir a segurança da informação. Quando há falha nessa proteção e os dados de terceiros são comprometidos, a empresa pode ser responsabilizada civilmente, inclusive com pagamento de indenizações.
O Dr. Jonatas Lucena explica que, por outro lado, a empresa também pode ser considerada vítima e buscar reparação nos casos em que for enganada ou tiver prejuízo financeiro direto por conta de crimes digitais. Para isso, é necessário reunir provas, registrar boletim de ocorrência e, quando necessário, ingressar com ação judicial para identificação dos autores e recuperação de valores.
Medidas preventivas essenciais para empresas médias
Diante do cenário atual, não há mais espaço para negligência digital. As empresas precisam investir em boas práticas de segurança da informação, como:
- Treinamento constante de colaboradores sobre riscos e procedimentos de cibersegurança.
- Adoção de autenticação em dois fatores em sistemas e e-mails corporativos.
- Monitoramento de acessos e controle rígido de permissões internas.
- Contratação de soluções de firewall, antivírus e backup em nuvem.
- Verificação periódica da reputação da empresa nas redes e na imprensa.
Além disso, ter um plano de resposta a incidentes e o suporte de um advogado especializado em crimes digitais são diferenciais importantes para enfrentar qualquer situação de forma ágil e eficiente.
Como o suporte jurídico pode proteger a empresa
O advogado Jonatas Lucena atua junto a empresas de médio porte em todas as frentes do combate aos crimes digitais: desde a orientação preventiva, passando pela elaboração de políticas internas de segurança, até a atuação direta em casos de vazamento, golpe ou fraude.
Com base na jurisprudência atual e na legislação vigente, é possível solicitar judicialmente a exclusão de perfis falsos, a identificação de autores por meio de IPs e provedores, o bloqueio de valores desviados e a reparação por danos causados à imagem ou ao patrimônio da empresa.
Empresas que buscam respaldo jurídico proativo e estratégico conseguem mitigar riscos, manter sua credibilidade e fortalecer a confiança de clientes e parceiros.
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