A inclusão de pessoas neuroatípicas no ambiente de trabalho é um tema cada vez mais relevante nas organizações modernas. Tal como elucida Alexandre Costa Pedrosa, reconhecer e compreender as diferenças neurológicas é essencial para criar espaços mais justos, produtivos e acolhedores.
O que significa ser neuroatípico?
O termo neuroatípico refere-se a pessoas cujo funcionamento neurológico difere do padrão considerado “neurotípico”. Isso inclui condições como autismo (TEA), TDAH, dislexia, dispraxia, superdotação, entre outras variações cognitivas e comportamentais.
Segundo Alexandre Costa Pedrosa, ser neuroatípico não significa ter uma limitação, mas sim um modo diferente de processar informações, se comunicar e interagir com o mundo. Reconhecer essa diversidade é o primeiro passo para promover a inclusão de verdade.
Como identificar adultos neuroatípicos no trabalho
Muitas pessoas neuroatípicas chegam à vida adulta sem diagnóstico formal, o que pode dificultar a identificação no ambiente profissional. No entanto, alguns comportamentos podem indicar a necessidade de um olhar mais atento:
- Dificuldade com tarefas que envolvem multitarefa ou mudanças repentinas.
- Hipersensibilidade a sons, luzes ou ambientes muito movimentados.
- Preferência por rotinas bem estruturadas.
- Alta capacidade de concentração em temas de interesse específico.
- Comunicação mais direta e objetiva.
Conforme explica Alexandre Costa Pedrosa, identificar um colaborador neuroatípico não deve ser visto como rotulagem, mas como uma oportunidade de compreender e ajustar o ambiente para que ele desempenhe o melhor de suas habilidades. É de extrema importância conversar e perguntar com acolhimento ao colaborador se há algum diagnóstico e como é possível ajudar dentro das limitações como empresa.
A importância da empatia e da escuta ativa
A empatia é a base da inclusão. Criar espaços onde os colaboradores se sintam confortáveis para expressar suas necessidades é fundamental. A escuta ativa, ouvir sem julgamento e com real interesse, permite que gestores e equipes entendam melhor as particularidades de cada profissional. O que inclui a vinda desse colaborador e expor um diagnóstico dado por um médico e dizer que vai precisar sair o que tem certas dificuldades quanto a tarefas que são a base de sua rotina de trabalho.

Além disso, treinamentos e campanhas internas sobre neurodiversidade ajudam a eliminar preconceitos e a fortalecer a cultura organizacional, permitindo que um time possa inovar as formas de demanda, ou o ambiente para que todos se sintam confortáveis a se abrir e expor dificuldades.
Adaptações e boas práticas de inclusão
As empresas podem adotar medidas simples e eficazes para apoiar colaboradores neuroatípicos:
- Ambientes mais tranquilos, com menos estímulos visuais e sonoros.
- Flexibilidade de horários para lidar com sobrecarga sensorial ou foco.
- Comunicação clara e estruturada, evitando ambiguidades.
- Uso de ferramentas digitais que auxiliem na organização e concentração.
- Treinamento de lideranças para reconhecer e valorizar talentos diversos.
Quando o ambiente se adapta às necessidades de todos, o resultado é uma equipe mais produtiva, criativa e engajada, como evidência Alexandre Costa Pedrosa.
O papel da liderança
Os gestores têm papel essencial nesse processo. Eles são responsáveis por observar, apoiar e garantir que as adaptações necessárias sejam feitas de forma respeitosa e funcional. Líderes conscientes entendem que a diversidade cognitiva amplia a capacidade de inovação e fortalece o trabalho em equipe.
Empresas que valorizam a neurodiversidade se tornam mais competitivas, justamente porque conseguem aproveitar o potencial de cada indivíduo sem tentar encaixá-los em um único modelo de comportamento.
A inclusão de adultos neuroatípicos no trabalho é mais do que uma pauta de diversidade, é uma questão de respeito e evolução social. Reconhecer talentos, adaptar processos e promover empatia são ações que beneficiam toda a organização. Como considera Alexandre Costa Pedrosa, quando as empresas abraçam a neurodiversidade, criam ambientes mais humanos, produtivos e inovadores, onde cada pessoa pode realmente ser quem é.
Autor: Stephy Schmitz