Em Penha, Santa Catarina, cresce o destaque do setor de parques de diversão com resultados que chamam a atenção da indústria de turismo. O complexo que lidera a região registrou mais de 2,5 milhões de visitantes em 2024, consolidando‑se como uma referência nacional no mercado de entretenimento. Trata‑se de um movimento que reflete tanto investimentos em infraestrutura quanto a busca por experiências imersivas que atraem famílias e grupos escolares. Além disso, as médias de crescimento se mostram consistentes, indicando que o segmento tem força para se expandir ainda mais no Brasil.
Em Vinhedo, interior de São Paulo, outra atração do segmento reportou crescimento expressivo no último ano, com frequência em ascensão e renovação de atrações. A retomada dos visitantes mostra que o investimento em revitalização e marketing está dando resultado e acompanha a tendência de que o lazer se torne parte importante da economia em regiões metropolitanas. O desempenho desta atração paulista reforça o papel que regiões fora dos grandes centros podem ocupar no país, quando contam com logística adequada, bom acesso e apelo regional bem trabalhado.
A análise dos dados do setor revela que o Brasil se consolidou como protagonista no ranking latino‑americano de parques de diversão, com presença destacada tanto em parques temáticos quanto em parques aquáticos. Essa liderança momentânea no mercado regional abre espaço para reflexões sobre como o turismo doméstico e a atração de visitantes de países vizinhos podem impulsionar ainda mais o segmento. É preciso considerar a sinergia com hotelaria, transporte e atrações secundárias para que esse sucesso seja sustentável e amplificado nas próximas temporadas.
No cenário global, embora os gigantes do entretenimento continuem dominando o topo, a performance brasileira revela que existe potencial para crescimento e diferenciação. A ênfase em temas nacionais, tecnologias de atração e parcerias estratégicas pode determinar se os parques brasileiros conseguirão subir nas tabelas internacionais ou manter a posição de destaques regionais. O porte de eventos, festivais e inaugurações de novas atrações tornam‑se diferenciais que marcam presença no imaginário dos visitantes.
Os impactos econômicos dessa liderança regional são relevantes para as cidades‑sede. Aumentam os fluxos de visitantes, a demanda por serviços, a geração de empregos diretos e indiretos, e a movimentação da cadeia produtiva local. Em Santa Catarina, em São Paulo e em outras regiões onde se concentram estas atrações, o turismo se fortalece como setor estratégico, atraindo investimentos e fomentando melhorias em infraestrutura urbana, acessos e mobilidade. O potencial de geração de renda é significativo e merece atenção das gestões municipais e estaduais.
Ainda assim, o desafio de manter taxas de crescimento consistentes não é pequeno. A competição internacional exige que os parques trabalhem com pessoas, tecnologia, segurança e inovação. A sazonalidade, os custos de operação e a necessidade de constante atualização demandam um modelo de governança eficiente e estratégias de marketing alinhadas com as expectativas dos públicos‑alvo. Em regiões de clima temperado ou com menor concentração de visitantes, essas variáveis ganham ainda mais peso.
Para o público consumidor, a concentração dessas atrações no Brasil significa mais opções de lazer e experiências de qualidade sem necessidade de deslocamento internacional. Isso altera o panorama da viagem doméstica, impulsionando roteiros curtos e escapadas de fim de semana. Ao mesmo tempo, a competição entre parques tende a beneficiar o visitante por meio de preços mais competitivos, novos pacotes e parcerias com hospedagem. A valorização do turismo interno aparece como força motriz dessa mudança.
Em resumo, o fato de o Brasil ocupar posição de liderança na América Latina no segmento de parques de diversão mostra uma virada importante no turismo regional. A partir de centros como as cidades de Penha e Vinhedo cresce uma nova geografia de lazer no país, que dialoga com residentes, visitantes nacionais e estrangeiros. A sustentabilidade desse sucesso dependerá de ampliar o acesso, diversificar atrações e assegurar que a experiência entregue atenda às altas expectativas de um público cada vez mais exigente.
Autor: Stephy Schmitz

