Segundo Paulo Henrique Silva Maia, fundador e CEO da Case Consultoria e Assessoria, o mercado imobiliário está passando por uma reconfiguração significativa para atender às novas expectativas da Geração Z — grupo formado por pessoas nascidas entre 1995 e 2010. Essa geração, marcada pela hiperconectividade, consciência socioambiental e busca por experiências autênticas, tem desafiado padrões tradicionais de consumo, inclusive no setor de imóveis.
Neste artigo, vamos explorar as principais transformações do mercado imobiliário diante das preferências da Geração Z e como as empresas estão se adaptando a esse novo cenário com estratégias inteligentes e tecnológicas.
Quais são as principais preferências da Geração Z no setor imobiliário?
A Geração Z valoriza flexibilidade, praticidade, conectividade e propósito. Ao contrário das gerações anteriores, que priorizavam a aquisição de imóveis como símbolo de estabilidade, os jovens da Geração Z tendem a enxergar o morar como uma experiência que deve estar alinhada ao seu estilo de vida e aos seus valores.
Entre as preferências mais comuns estão:
- Imóveis compactos, funcionais e bem localizados;
- Estruturas sustentáveis e com eficiência energética;
- Acesso a tecnologias inteligentes (como fechaduras digitais, automação residencial e internet de alta velocidade);
- Proximidade a centros urbanos, opções de mobilidade e serviços essenciais;
- Espaços compartilhados, como coworkings e áreas de convivência.
De acordo com o empresário Paulo Henrique Silva Maia, entender essas demandas é crucial para desenvolver empreendimentos imobiliários que realmente dialoguem com o modo de vida dessa geração, que valoriza experiências e impacto social tanto quanto o conforto físico.

Como as construtoras estão adaptando seus projetos?
Para acompanhar as mudanças de comportamento da Geração Z, construtoras e incorporadoras estão reformulando suas estratégias. Os novos empreendimentos vêm priorizando o uso inteligente do espaço, com plantas menores, mas multifuncionais, capazes de atender a diferentes necessidades no dia a dia.
Além disso, há uma crescente preocupação com a sustentabilidade, tanto nos materiais utilizados quanto na infraestrutura dos edifícios. Sistemas de captação de água da chuva, painéis solares, coleta seletiva e ventilação cruzada são cada vez mais comuns em lançamentos direcionados ao público jovem. Segundo Paulo Henrique Silva Maia, essas adaptações refletem uma compreensão mais profunda do perfil do novo consumidor, que valoriza práticas ambientalmente responsáveis.
A tecnologia é decisiva na escolha do imóvel para a Geração Z?
Sim, a tecnologia tem um papel central na experiência imobiliária da Geração Z. Desde a busca por imóveis até a assinatura de contratos, esse público espera praticidade e digitalização em todas as etapas. Plataformas online com fotos em 360 graus, visitas virtuais, atendimento por chatbots e contratos eletrônicos já fazem parte da jornada de compra e aluguel.
Além disso, a presença de soluções tecnológicas nos próprios imóveis é altamente valorizada. Automatização de luzes, climatização, segurança remota e integração com assistentes virtuais são elementos que agregam valor na hora da escolha. Conforme Paulo Henrique Silva Maia, oferecer inovação tecnológica não é mais um diferencial, mas uma exigência básica para conquistar o interesse da Geração Z, que cresceu em um mundo digitalizado e espera o mesmo nível de conectividade em seu espaço de moradia.
Como o mercado pode se preparar para o futuro?
Para se manter competitivo diante das exigências da Geração Z, o mercado imobiliário precisa continuar investindo em inovação, sustentabilidade e experiência do usuário. Isso inclui não somente a estrutura física dos empreendimentos, mas também como se comunica com o público, como vende e como entrega valor.
Por fim, a transformação do mercado imobiliário para atender à Geração Z já está em curso e representa uma grande oportunidade para o setor se reinventar com mais propósito, inovação e inteligência. Na visão do empresário Paulo Henrique Silva Maia, quem entender o comportamento dessa geração estará mais preparado para desenvolver soluções habitacionais eficazes, sustentáveis e alinhadas às mudanças que o futuro exige.
Autor: Stephy Schmitz