O debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, Faap e Terra, foi marcado por intensas trocas de acusações entre Pablo Marçal, do PRTB, e Guilherme Boulos, do PSOL. O evento, que ocorreu na quarta-feira, 14 de agosto, reuniu seis candidatos e destacou-se pelas tensões e xingamentos.
Marçal iniciou os ataques ao criticar Boulos e o PT, partido da vice de Boulos, chamando-o de “escória da esquerda” e acusando-o de ser usuário de drogas, sem apresentar provas. Ele também ofendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-presidente Dilma Rousseff, referindo-se a eles como “quadrilheiros”.
Boulos, por sua vez, lembrou que Marçal já foi condenado por furto e o acusou de ser um “mentiroso compulsivo”. Ele comparou Marçal ao “padre Kelmon”, um candidato que disputou a presidência em 2022, e afirmou que Marçal estava ali apenas para tumultuar o debate.
A troca de ofensas continuou com Marçal chamando Boulos de “candidato trans” e “viciado em drogas”, enquanto Boulos o chamou de “canalha” e questionou seu caráter. A discussão se intensificou com ameaças de prisão e acusações de mentiras.
Fora do púlpito, a tensão continuou. Marçal provocou Boulos mostrando uma carteira de trabalho, o que gerou mais um momento de confronto. As provocações foram registradas pela equipe de Marçal e divulgadas nas redes sociais, apesar da proibição de gravações durante o debate.
Além de Marçal e Boulos, outros candidatos também se envolveram em embates. Tabata Amaral, do PSB, acusou o prefeito Ricardo Nunes de corrupção, enquanto Nunes rebateu, alegando que Tabata era financiada por uma empresa com problemas judiciais.
José Luiz Datena, do PSDB, criticou Nunes por supostamente ter medo do PCC e por querer “exterminar” os mais pobres da cidade. Marina Helena, do Novo, tentou se posicionar como candidata da direita, criticando o PT e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O debate foi um reflexo das tensões políticas em São Paulo, com candidatos usando o espaço para atacar uns aos outros e levantar questões polêmicas. As discussões acaloradas destacaram as divisões entre os candidatos e suas visões para a cidade.