No momento que o Rio vive um surto de dengue e recebe ministros de Relações Exteriores dos países do G20, o grupo das maiores economias do mundo, a Prefeitura do Rio decidiu montar um esquema para que essas autoridades não deixem a capital fluminense infectadas por dengue ou Covid-19.
Para isso, medidas como: espalhar por vários banheiros da Marina da Glória, na Zona Sul do RJ, repelentes para que possam ser usados por essas autoridades foram adotadas.
Outra precaução foi montar uma estrutura para que as delegações dos 20 países possam ser testadas para Covid e dengue, caso apresentarem sintomas e havendo indicação clínica.
Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde (SM) colocou uma Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) completa para atendimentos básicos e avançado para ser usada caso alguém passe mal durante os eventos.
Três ambulâncias (uma da Prefeitura, uma do Samu e uma do Corpo de Bombeiros) ficarão de prontidão no espaço. O evento ainda conta com uma estrutura para atendimento a múltiplas vítimas em caso de acidente.
Entre os presentes na Marina da Glória estarão: Anthony Blinken, secretário de Estado do governo Joe Biden, dos Estados Unidos, e Sergei Lavrov, da Rússia.
Segurança para as autoridades
Além da estrutura de saúde, um grande esquema de segurança – o maior desde os Jogos Olímpicos de 2016 – foi montado para a primeira reunião ministerial do G20, na quarta-feira (21) e na quinta-feira (22).
Está prevista a atuação de cerca de 1,2 mil agentes, entre homens e mulheres, das polícias Federal e Rodoviária Federal, além de Exército, Marinha, Aeronáutica e Guarda Municipal.
As 40 comitivas esperadas na cidade, com média de 10 integrantes, ficarão todas hospedadas na Zona Sul para facilitar o deslocamento até a Marina, local do evento. No primeiro dia, nesta quarta, a reunião acontece entre 14h e 18h30. Na quinta (22), os debates ocorrem entre 8h e 13h.
Fora deste percurso, as comitivas só devem transitar, com escolta, até o Palácio da Cidade, onde serão recepcionadas para um jantar pelo prefeito Eduardo Paes.
Neste ano, o principal tema, segundo o Itamaraty, será a reforma de organismos multilaterais, como a Organização das Nações Unidas (ONU).
Também serão debatidos o combate à fome e a transição energética —essa será uma prévia da cúpula com participação dos chefes de estado do G20, a ser realizada em 18 e 19 de novembro, também no Rio.
O G20 não é uma instituição como a ONU ou a Organização Mundial do Comércio, que têm secretariado. Na prática, é um grupo de diálogo. Ao país que preside temporariamente o G20, cabe receber os representantes de outros países, organizar as reuniões e pautar as discussões.
O Brasil preside desde 1º de dezembro de 2023 o G20. O mandato vai até 30 de novembro deste ano.