O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou que deixará o cargo e a liderança do Partido Liberal Democrático (PLD) em setembro. A decisão, divulgada pela imprensa japonesa, incluindo a emissora NHK, marca o fim de sua gestão iniciada em 2021.
Durante seu mandato, Kishida promoveu o aumento dos gastos militares e a valorização salarial no Japão. No entanto, enfrentou desafios como a alta inflação e escândalos políticos, que resultaram em queda de popularidade e apoio.
Em uma coletiva de imprensa, Kishida afirmou que sua renúncia é necessária para permitir uma nova liderança no PLD. Ele expressou total apoio ao futuro líder e destacou que sua decisão foi tomada em prol do interesse público.
A saída de Kishida desencadeará uma disputa interna no PLD para escolher seu sucessor, que assumirá automaticamente o cargo de primeiro-ministro devido ao sistema parlamentarista japonês. Este novo líder governará até as eleições previstas para outubro de 2025, embora haja possibilidade de antecipação do pleito.
Rintaro Nishimura, do Asia Group, comentou que o próximo líder enfrentará um cenário político desafiador e pesquisas desfavoráveis. Ele sugeriu que uma eleição geral deve ser convocada logo após a posse do novo primeiro-ministro para evitar problemas futuros.
Takahide Kiuchi, do Instituto de Pesquisa Nomura, observou que o governo Kishida inicialmente preocupou o mercado com políticas de distribuição, mas depois adotou medidas expansionistas, como o “plano de dobrar a renda de ativos”, que foram bem recebidas. No entanto, políticas recentes com objetivos pouco claros, como cortes de impostos, geraram uma impressão de inconsistência.
A renúncia de Kishida abre caminho para uma nova fase na política japonesa, com expectativas de mudanças significativas na liderança e nas políticas do país. O futuro do Japão dependerá das decisões do próximo primeiro-ministro e da capacidade do PLD de se adaptar às demandas atuais.
Com a transição iminente, o Japão se prepara para um período de ajustes e possíveis reformas, enquanto a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos políticos no país.