O consumo de medicamentos no Brasil é de números elevados, no entanto, mesmo assim, a legislação que regulamenta seus descartes é escassa. Para Manoel Conde Neto, proprietário da Farma Conde, essa pauta é de extrema importância e gera dúvidas frequentes. Ainda assim, você sabia que é possível — como consumidor — adotar algumas práticas de descarte correto de medicamentos?
A princípio, deve-se entender o motivo pelo qual não se deve realizar o descarte de medicamentos em lixos comuns, e o principal deles é devido ao impacto ambiental. Isso ocorre em consequência das substâncias tóxicas que, durante a decomposição, tornam-se compostos nocivos ao meio ambiente.
Além do mais, a prática de descarte em locais inadequados — lixos e esgotos — fazem com que os medicamentos contaminem a água e o solo, podendo alcançar, até mesmo, os lençóis freáticos. O empresário Manoel Conde Neto considera essa prática indevida, pois, além de prejudicar a natureza, pode contaminar animais que bebem ou se alimentam na região e mesmo colocar em risco profissionais que trabalham em contato com resíduos, como garis e catadores.
Por isso, algumas atitudes cidadãs podem ser adotadas para auxiliar na redução da quantidade de remédios descartados em lixos comuns. Primeiramente, é essencial que o paciente busque comprar a quantidade exata de medicamento e que o mesmo confirme se já os possui em casa para aproveitá-los, se necessário. Outra ação que, do ponto de vista do empresário Manoel Conde Neto, é eficaz é a compra de medicamentos isentos de prescrição médica somente se for preciso. Além do mais, deve-se seguir regularmente a prescrição médica e evitar interromper tratamentos.
Do parâmetro do empresário Manoel Conde Neto, mais do que atitudes cidadãs, é preciso que haja uma lei singular quanto ao descarte e tratamento dos medicamentos. Apesar dessa falta, com a sanção do Decreto nº10.388/2020, a obrigatoriedade da disponibilização de um móvel para descarte de medicamentos em cidades com mais de 200 mil habitantes entrou em vigor.
Assim, o setor farmacêutico espera que, em todos os estados brasileiros, os consumidores tenham a possibilidade de acesso a esses serviços, oferecendo, dessa maneira, um descarte responsável de medicamentos vencidos que serão encaminhados para o tratamento mais adequado. Enquanto o Brasil segue nas primeiras passadas da regulamentação de descarte, o empresário Manoel Conde Neto acredita que, como civis, ainda podemos e devemos fazer a nossa parte para diminuir o impacto agressivo na natureza e na sociedade.